Interrupção letiva: vem aí a correria não letiva!
Aproxima-se o final do período e as equipas queixam-se do aumento de trabalho. Um trabalho que usa como combustível a paciência e a motivação de cada professor, por isso é bem pouco sustentável e deixa uma enorme pegada no ambiente escolar. Não faltam ferramentas incríveis que os professores diariamente incorporam no seu dia-a-dia, mas sempre com enormes canseiras para integrarem, recolherem e processarem dados. Com o desenvolvimento tecnológico atual, daqui a uns anos vamos olhar para trás e sorrir. Mas no e-Schooling, não só hoje olhamos para trás e sorrimos, como também olhamos para o lado e já dá para sorrir.
Aproxima-se o final do período e as equipas queixam-se do aumento de trabalho. Daquele trabalho que muitas vezes é feito não só nas horas não letivas na escola, mas também lá por casa. Um trabalho que usa como combustível a paciência e a motivação de cada professor, por isso é bem pouco sustentável e deixa uma enorme pegada no ambiente escolar.
Registos, cálculos, médias e mediazinhas. Tudo isto para alimentar as tabelas e atas fundamentais ao nosso sistema de ensino, para onde todos vão olhar e ponto.
Para cada tema, organizadores ou domínio, atrelados de inúmeros subtópicos, há que verificar os resultados de cada objetivo por conhecimentos, aptidões, atitudes e valores, pesar tudo e servir, correlacionado com os diferentes domínios do PASEO.
Parece impossível, mas pelos vistos não o é, já que as pautas continuam a aparecer feitas, as tabelas a serem preenchidas e as atas partilhadas.
Fazer o que sempre foi feito
O facto de aparecer feito, não quer dizer que esteja bem feito e os últimos indicadores internacionais apontam para várias fragilidades no nosso sistema de ensino.
A ideia é boa, mas a tarefa é hercúlea para cada professor, mesmo a trabalhar em equipa. Porque o que foi anteriormente descrito como fazendo parte da avaliação, pressupõe planeamento, preparação, partilha e depois acompanhamento e registo individualizado, culminando numa avaliação multidimensional e integrada.
O mundo acelerou, diz-se, e agora há redes por todo o lado, tecnologia, imagem e vídeo, pressupondo-se que o professor também consegue acelerar e acompanhar facilmente tudo isto. Mas não é bem assim. O professor passou a dispor de computadores, smartphones, softwares engenhosos, inteligência artificial, mas continua a organizar o seu trabalho em modelos pré-revolução digital.
Basta pensar no que lhe é exigido diariamente, no próprio conceito de tabela e ata, e na não comunicabilidade dos dados entre si. Vamos imaginar um mundo alternativo onde no nosso dia-a-dia temos os mesmos serviços no nosso smartphone que dispomos neste mundo, mas com os procedimentos de antigamente. Acedíamos ao nosso Homebanking e preencheríamos um formulário de cada vez que fizéssemos uma transferência online. Por cada envio no MBWay, um documento. E isto para dar apenas um exemplo que nos mostra como a nossa vida seria muito mais confusa se não houvesse investimento em simplificar e personalizar cada um dos serviços.
Na escola continuamos nesse ponto. Não faltam ferramentas incríveis que os professores incorporam no seu dia-a-dia, mas sempre com enormes canseiras para integrarem, recolherem e processarem dados.
Voltemos ao início: ao final de período
O grande problema que se coloca na vida das equipas é o registo disperso de dados e a falta de interpretação dinâmica e inteligente. Daqui a uns anos, vamos olhar para trás e sorrir. Um professor faz centenas e milhares de registos dispersos em papéis, excels e words. Passa horas a processar e interpretar tudo isso, para depois gerar tabelas, que vão ser usadas para comunicar dados que irão gerar mais tabelas, que alguém vai ler para escrever atas, que alguém irá ler depois. E se aparecerem dados de última hora, é preciso gerar uma tabela, que vai afetar outras tabelas e obrigar a mexer na ata. Ou então, fica para o próximo período para não complicar.
O professor faz tudo isto com o seu próprio esforço para individualizar registos e análises de comportamentos e aprendizagens que uma plataforma já poderia automatizar, libertando-o para o que realmente importa, e onde ele deve fazer a diferença.
No e-Schooling não olhamos só para trás e sorrimos, também olhamos para o lado e já dá para sorrir. O e-Schooling permite integrar todos os trabalhos, atividades, sumários, materiais e avaliações com registos personalizados e diários. Registos de observação, quantitativos e qualitativos, avaliações sumativas e formativas, apresentando dados sistematizados e uma visão global do percurso de cada aluno, que irá poupar muito tempo ao professor. E ainda estamos no dealbar de uma nova era para a educação.
Não faltará muito para que seja a plataforma a preencher planificações, planos, estratégias individualizadas, objetivos e critérios de avaliação, libertando o professor para ser aquilo que ele é efetivamente: orientador. O professor vai supervisionar, orientar, motivar, entusiasmar e criar. Jamais a aprendizagem se concretizará na sua plenitude sem o elemento humano, sem a conexão professor-aluno. E nenhum professor vai sentir que está a perder objetivos e importância por não andar perdido em papelada e burocracias. Estará, isso sim, mais próximo do caminho para a sua realização pessoal e profissional.
João Paulo Teixeira
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