A nossa quarta convidada do Podcast “Isto Não é Pera Doce”, é da “casa”. Raquel Azevedo, Psicóloga e Investigadora do e-Schooling, é, diariamente, para nós a acalmia que todos precisamos na agitação do dia-a-dia. E, para vossa sorte, a Raquel vai dar-vos a conhecer um pedacinho do seu maravilhoso Mundo. Preparam-se para ouvir uma voz doce e afetuosa, mas carregada de bondade e altruísmo.
Natural da ilha Terceira, quando era criança queria ser assistente social, enfermeira, médica ou professora. Segundo a mãe, adorava ensinar as Barbies! No entanto, acabou por encontrar o seu caminho na área da Psicologia. Diretamente dos Açores, aterrou na Universidade do Minho e Braga tornou-se na sua segunda casa. Por cá, licenciou-se em Psicologia, tornou-se Mestre em Psicologia da Educação e não se ficou por aí: ainda se doutorou em Psicologia Aplicada!
Ao longo do seu percurso, abraçou várias causas: foi voluntária na Liga Portuguesa Contra o Cancro; no centro de Acolhimento no Hospital de Braga; fez parte do projeto CresciMENTE, focado no desenvolvimento de competências transversais aos contextos de vida de crianças em internamento hospitalar; e também foi voluntária na Cruz Vermelha.
Nesta última experiência, a Raquel esteve inserida num projeto muito especial e é sobre ele que nos conta ao longo do episódio. Um projeto que lhe permitiu explorar uma outra cultura, a comunidade cigana, em que o objetivo primordial passou por analisar as conceções de aprendizagem das crianças de etnia cigana. E, contem-nos lá: acham que já sabem tudo (ou quase tudo) sobre a comunidade cigana, não acham? É que, neste episódio, nós descobrimos que não sabíamos nada!
Raquel Azevedo, motivada em saber mais acerca dos costumes da comunidade cigana e consciente das dificuldades sentidas, a nível escolar, pelas crianças ciganas, foi para o terreno descobrir os hábitos e tradições culturais desta etnia. As suas descobertas justificam muito daquilo que nós assumimos como sendo irresponsabilidade, desinteresse e indiferença.
Na verdade, muitas das tradições e valores culturais da comunidade cigana levam-nos a ir ao desencontro daquilo que é tido como padrão aos olhares da sociedade. Tradições essas que se prendem com costumes muito simples, como o habitual acordar das crianças. A valorização da liberdade da criança, da sabedoria dos idosos e da família, estão na base de muitos dos hábitos desta comunidade, que nós nunca iríamos imaginar.
As crianças chegavam atrasadas à escola, precisamente, porque os pais não as acordavam. E, se elas se deixavam dormir, havia que respeitar a criança. […] Tinha que acordar por si própria.
No âmbito do projeto integrado na Cruz Vermelha, Raquel teve a oportunidade de acompanhar 60 crianças ciganas, desde o seu 1.º até ao 4.º ano de escolaridade. Durante estes quatro anos, foram várias as estratégias levadas a cabo para estimular o envolvimento escolar das crianças, que foram percebendo o quão importante é ir para a Escola, um lugar onde podem ser felizes e abrir um Mundo de oportunidades.
Um estudo que teve um impacto positivo no rendimento escolar nas crianças de etnia cigana e que nos trouxe mais sabedoria sobre uma comunidade que todos achamos conhecer.
Curiosos? Assistam ao quarto episódio do “Isto Não é Pera Doce” no YouTube, Spotify, iTunes ou Google Podcasts.
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