Afinal, quanto vale a informação?
A pergunta que poucos fazem, mas que muitos procuram saber. Num mundo embalado pela tecnologia, quem procura os meios tradicionais é rei. Ou não! A velocidade de um mundo tecnológico é tão acelerada que subir para o nível a seguir deixa de ser complexo. As adversidades assim o exigem. Mas será que vale tudo?
Se no passado as tecnologias caminhavam paralelamente com o mundo empresarial, nos dias de hoje, andam de mãos dadas. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020, com o surgimento da Covid-19, 23,1% da população portuguesa foi obrigada a trabalhar remotamente. O que era impensável há 10 anos, é hoje o bilhete de entrada para um futuro onde as tecnologias assumem lugar de destaque, dando asas a novas culturas organizacionais que tornam os processos de trabalho mais eficazes.
Porém, apesar desta evolução se traduzir em soluções vantajosas para o mundo organizacional, por outro lado, a existência do digital intensificou-se e deu lugar a perigos que, efetivamente já existiam, mas que aumentaram com estas novas transformações, como é o caso dos esquemas de roubo de dados e de identidades. As preocupações das empresas passaram a ser outras e a cibersegurança colocou-se como principal prioridade.
Segundo os dados divulgados pelo Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), as denúncias de cibercrimes recebidas por correio eletrónico em 2021 aumentaram de uma forma exponencial em comparação com o ano 2020, passando de 544 para 1160 denúncias. De acordo com a informação referida pela PGR, as denúncias têm aumentado nestes últimos anos, mas é desde 2019 que o número de queixas se intensificou. Os dados presentes no relatório de ENSINA Threat Landscape 2021, revelam que a frequência e a complexidade dos ataques ransomware em 2021 aumentaram mais de 150% face ao ano de 2020, tornando-se numa das maiores ameaças que as empresas enfrentam, atualmente.
Várias empresas foram alvos de ataques informáticos nestes últimos dois anos, como é o caso da Vodafone, órgãos de comunicação social e Grupo Imprensa (SIC e Expresso). A Cibersegurança passou a ser a alavanca necessária para fazer jus aos perigos que as novas tecnologias trouxeram às empresas ou até mesmo à privacidade de cada um. A consciencialização dos cidadãos e das empresas acerca das boas práticas nos ciberespaços passou a ser uma constante, de forma a atenuar os efeitos destas vulnerabilidades. As empresas uniram esforços para implementarem todas as medidas necessárias para prevenir eventuais ataques e assegurarem uma melhor experiência aos utilizadores.
No Podcast publicado por Business to Speed, Pedro Veiga, ex-Coordenador Nacional de Cibersegurança e Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, revelou que, embora as micro-empresas estejam também expostas a ataques informáticos, são as grandes organizações aquelas que mais interessam aos cibercriminosos, uma vez que isso se traduz em grandes repercussões a nível financeiro. Pedro Veiga avançou também que, com a transformação digital, os problemas de cibersegurança tornaram-se ainda mais agudos e, portanto, é necessário que as organizações e as escolas se envolvam em formações que lhes permitam precaver-se de eventuais ataques informáticos.
Disponibilizar às escolas as soluções de gestão escolar, docência e aprendizagem e de comunicação com a comunidade educativa é a nossa missão, mas garantir que toda a informação está protegida, é uma prioridade. A tecnologia é, de facto, uma facilitadora, mas é preciso termos consciência de todos os perigos.
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