Numa sociedade completamente digitalizada e que se move à rapidez das inovações tecnológicas, estão constantemente a aparecer novas tendências. Também a pandemia veio acelerar a evolução de alguns setores e, perante esta rápida mudança, a Educação não foi exceção. No entanto, apesar deste ser um setor essencial no qual a novidade e o progresso não podem ficar em espera, tem demonstrado ser demasiado lento na mudança.
Muitas são as escolas que continuam a utilizar os mesmos métodos de ensino e de trabalho que utilizavam há 20 anos, mas as necessidades e as rotinas dos alunos já não são as mesmas. Eles estão rodeados de múltiplos estímulos e equipamentos tecnológicos e participam em diversas atividades extracurriculares, movidos pelas capacidades pessoais e sociais que pretendem desenvolver. Além disso, do seu quotidiano fazem parte inúmeras fontes, atores e interações de aprendizagem. Por todas estas razões e mais algumas, a escola deveria ser um local adaptável às várias realidades dos alunos e ter em conta todos estes contextos. Mas não é isso que acontece…
Para conseguir dar resposta às atuais necessidades dos alunos e também daqueles que contribuem todos os dias para as suas aprendizagens, há quatro mudanças inevitáveis que se devem fazer sentir na Educação:
1- Tecnologia na sala de aula e nos processos educativos.
Se há uns tempos atrás se acreditava (ainda há quem acredite!) que a tecnologia poderia ser uma distração para os alunos e até uma complicação para os professores, diretores e profissionais escolares, a pandemia veio demonstrar que ela pode ser um grande auxílio para todos eles.
Os alunos recebem inúmeros estímulos através da tecnologia e tendem a estar mais atentos quando estão envolvidos em ambientes de aprendizagem modernos. Os professores podem utilizar ferramentas tecnológicas para trabalhar de forma mais eficaz e ter mais tempo para ensinar. E os diretores e profissionais escolares podem encontrar, na tecnologia, a possibilidade de gerirem a instituição de ensino de uma forma totalmente integrada, com a possibilidade de automatizar inúmeros processos e tarefas rotineiras, e ainda de criarem contextos de aprendizagem e métodos de trabalho dinâmicos e envolventes.
Com a tecnologia, há vantagens para todos!
2- Comunicação facilitada entre toda a Comunidade Educativa.

Sabe-se que os alunos aprendem na escola, mas as suas aprendizagens não se limitam a este meio. Também aprendem em casa, no centro de explicações, nos treinos de futebol, nas aulas de dança… E todos estes ambientes e atores influenciam as escolhas e o futuro dos alunos. Por isso, é essencial assegurar a comunicação entre todos estes elementos, mesmo aqueles que não estão diretamente envolvidos no contexto escolar, como é o caso dos psicólogos, explicadores ou treinadores.
Cada um destes elementos conhece diferentes facetas de um mesmo aluno, mas se comunicarem e partilharem entre si os seus registos, vão passar a conhecer na íntegra todas as capacidades e dificuldades desse aluno e, consequentemente, poder colaborar na criação de estratégias de aprendizagem personalizadas.
Aquilo que parecem meros apontamentos podem, na verdade, tornar-se grandes forças motoras para a elaboração de planeamentos que irão fazer a diferença e contribuir para escolhas informadas por parte dos alunos, relativamente ao seu futuro e vocações a seguir.
3- Interdisciplinaridade como prioridade.

A comunicação entre todos os atores envolvidos no quotidiano dos alunos já é uma vantagem por si só. Mas vai trazer com ela ainda mais benefícios! E alguns deles são a interdisciplinaridade e a complementaridade entre disciplinas.
Os alunos têm várias disciplinas que não se interligam entre si ou que repetem matérias e assuntos, ensinados sob a perspetiva de cada docente. Para além disso, cada docente tem diferentes registos e parâmetros de avaliação. O professor de matemática regista que determinado aluno precisa de melhorar os seus resultados, mas o professor de português destaca o excelente aproveitamento desse mesmo aluno à sua disciplina.
Depois, o treinador de futebol não coloca no plantel alunos que não estejam a cumprir os horários escolares ou a obter bons resultados às várias disciplinas, mas essa decisão vai ficar pendente da comunicação com outros professores e vão verificar-se grandes variações, dependendo da perspetiva de cada um.
Uma viagem atribulada, com muitas rotas e paragens, que pode ser facilmente evitável se todos tiverem acesso às mesmas informações. Só assim poderão olhar para o aluno como um todo e garantir-lhe um contexto de aprendizagem estimulante, envolvente e totalmente adaptado às suas características.
4- Informações centralizadas.

O último fator essencial é a centralização de informações. A comunicação entre a escola, os pais, os docentes e os restantes participantes, e até mesmo a interdisciplinaridade, só serão uma mais-valia se for garantida a centralização de todas as informações.
Como é que estes vários elementos podem comunicar entre si e ter acesso aos mesmos dados, se as informações não estiverem centralizadas? Os registos do professor de música devem reunir-se e interligar-se, automaticamente, com os apontamentos do professor de ciências. Desta forma, todos podem conhecer o aluno na íntegra, combater a padronização da educação e, não menos importante, alargar os registos para além das notas, comportamento e assiduidade.
Vale relembrar que o e-Schooling oferece soluções de gestão escolar e gestão de trabalho, que dão suporte a todas estas mudanças. Pode consultar mais informações aqui.
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