Sem diversão e aprendizagens, férias de verão são para esquecer!

Divertimento e descontração não é fazer nada, é viver muito e faz parte do crescimento. Mas nestes meses de verão, as crianças tendem a perder 10% dos conhecimentos adquiridos ao longo do ano. Por isso, é tão importante aproveitar programas de enriquecimento cultural, consolidação de aprendizagens e descoberta de vocações.

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Sem diversão e aprendizagens, férias de verão são para esquecer!
Fígura de ondas técnologicas azul

Agora que já não somos alunos, sabemos bem quanto valem dois a três meses de férias, que custa ver desperdiçá-los a procrastinar ou em más experiências. No caso das crianças, onde ainda há tanto para absorver e aprender, com imensos caminhos por explorar, chega a ser doloroso para os pais imaginar este enorme desperdício.

As instituições de ensino já há muito que foram convocadas para enfrentar este desafio, ajudando a evitar que os miúdos fiquem em casa agarrados apenas a ecrãs, até porque cada vez há menos tios, primos e avós por perto.

O que é não fazer nada?

As escolas lidam frequentemente com jovens sem vontade de fazer nada, desinteressados e com uma enorme incapacidade de se decidirem por alguma atividade.

Estes comportamentos revelam desmotivação, quando não pior, devem ter uma abordagem cuidada e, sempre que necessário, com acompanhamento especializado. Nas férias, essa desmotivação pode começar lentamente a instalar-se, causada por uma rotina de ausência de tarefas, desafios e de contactos humanos. Numa altura em que todos se comparam com os outros que expõem nas redes sociais vidas extraordinárias e experiências únicas, a desmotivação pode agravar-se rapidamente.

Os jovens (como os adultos) seguem colegas ou apenas conhecidos em piscinas, viagens, festas e a divertirem-se à grande. Para aqueles que tenham um início de férias mais calmo e isolado, é possível começarem a ficar desmotivados e apáticos, parecendo-lhes que tudo nas suas vidas é desinteressante e monótono. 

A comparação pode ser complicada, porque o ambiente social é muito impositivo na idealização do que são umas boas férias, no que é aproveitar e viver bem a vida. Tanto mais que é possível viver experiências únicas e inesquecíveis que não são lá muito “instagramáveis”. 

Por isso, apenas mimetizar comportamentos e experiências que se veem nas redes, pode ser uma outra forma de não fazer nada, uma vez que no fim de tudo fica um vazio que se resume apenas a algumas poses e fotos, mas a poucas memórias.

Praia, sol, brincadeiras, aventuras, ler, jogar, conversar, ver séries e filmes e dormir tem tudo para correr bem. Divertimento e descontração não é fazer nada, é viver muito e faz parte do crescimento. 

E as aprendizagens?

Alguns estudos indicam que nestes meses de verão, as crianças tendem a perder 10% dos conhecimentos adquiridos ao longo do ano, mais ainda as crianças de contextos sociais desfavorecidos. O estudo "The Summer Slide" de Karl Alexander, Doris Entwisle, and Linda Olson, já apontava há décadas para um impacto desigual das férias de verão nas aprendizagens, fazendo com que a cada novo ano as crianças oriundas de meios mais desfavorecidos partam ainda mais atrás. 

Noutra investigação, de Downey, von Hippel, e Hughes, a conclusão é mais curiosa, mas continua preocupante.  Afirmam que a cada ano letivo, as diferenças acumuladas durante o verão passado tendem a ser superadas, mas a desigualdade inicial mantém-se até ao fim. A escola passa o ano a corrigir apenas o aumento do fosso causado pelas férias, mas nunca tem meios para anular a desigualdade original.

As causas do impacto desigual do verão são relativamente óbvias. As crianças de meios mais favorecidos têm acesso a experiências mais enriquecedoras, como viagens, leituras e atividades educativas organizadas. Por isso, é tão fundamental o papel das múltiplas instituições de ensino na promoção de programas de enriquecimento cultural e de valorização de aprendizagens para as famílias com menos possibilidades.

Para grandes programas, o melhor programa!

Sem avaliações nem aulas, o verão traz descoberta, novos caminhos, cruzamentos e atalhos que levam ao encontro de vocações e a uma entrega dos jovens, mais genuína, ao que realmente lhes interessa e os apaixona.

Campos de férias, desporto, atividades ao ar livre, leitura, descobertas artísticas, aprendizagem de ciência, habilidades sociais e bem-estar emocional ou aprofundamento de conhecimentos académicos, há uma imensidão de programas que podem ser decisivos para despertar vocações e descobrir interesses e paixões. Mas não só. 

Com uma equipa atenta, é possível identificar também dificuldades, barreiras de qualquer natureza e aspetos com potencial para serem valorizados. E já agora, porque não registar aprendizagens e conquistas individuais e de grupo. A quantidade de observações e dados a serem registados em contextos não letivos são inesgotáveis e podem ser decisivos para individualizar e valorizar cada criança e jovem.

Mas como fazê-lo? Em papel, em tabelas de excel, em aplicações dispersas por diferentes plataformas, ao final do dia ou da semana? E o que fazer com tudo isso? O que acontece no verão não conta para o resto do ano?

O divertimento e as aprendizagens valem por si só, mas se tiver uma ferramenta como o e-Scholing é possível aproveitar tudo isso, dar-lhe continuidade e um impacto profundo no percurso destas crianças. 

Com o e-Schooling, a instituição pode planificar detalhadamente um programa inteiro, definir e planear cada atividade, associar monitores, funcionários e formadores, envolver em tempo real as famílias e registar com simples cliques todas as observações.  Mais ainda, a cada planificação podem ser associados materiais de apoio, educativos ou jogos, em qualquer formato, que estarão sempre acessíveis a todos os participantes.

Esta é uma ferramenta que permite aos monitores, acompanhantes e formadores estarem focados e libertos para as atividades, podendo fazer registos e acompanhamentos sem terem de se desligar do essencial: a relação com as crianças.

No e-Schooling, as atividades não letivas, os programas de férias e as aprendizagens informais são valorizadas como os currículos escolares, dispondo de ferramentas completas da planificação à avaliação, passando pela interação e registo, assegurando a individualização e um olhar atento sobre cada criança.

O e-Schooling dá meios e ferramentas para concretizar uma visão holística da aprendizagem. Se é uma plataforma fundamental para o seu ano letivo, é também o melhor programa para as férias escolares.

João Paulo Teixeira

João Paulo Teixeira

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