A Educação (des)construída aos olhos de um Professor

“Deparamo-nos sistematicamente com uma expressão que faz alguma espécie: os papéis do professor. Usa-se o plural para os professores muito mais vezes do que para outras profissões.”

Esta é a opinião de João Paulo Teixeira, professor e coordenador de cursos profissionais na área de audiovisuais na Escola Profissional de Braga. E porque será que se utiliza tão frequentemente esta expressão?

Os demasiados papéis do professor

A resposta a esta questão pode ser controversa mas, aos olhos do professor João Paulo, são atribuídas constantemente aos docentes tarefas excessivas e, até mesmo, irrealizáveis. À partida, ser Professor significa educar, ensinar e difundir nas salas de aula (e não só!) muito conhecimento, ideias, experiências e reflexões.

Mas será que ser Professor é mesmo isto? Podia resumir-se de tal modo e, mesmo assim, já daria pano para mangas, porque ensinar é, por si só, um grande desafio. Daqueles desafios que não têm respostas certas, caminhos evidentes e resultados fáceis de tangibilizar. A verdade é que são atribuídas aos docentes infinitas tarefas burocráticas, administrativas e pedagógicas. No meio de tudo isto, também têm de dedicar tempo aos seus alunos, adequar aprendizagens e planos curriculares, realizar avaliações, entre muitas outras coisas.

Tudo isto com recurso às mesmas ferramentas de há 20 anos… Se as escolas já utilizam tecnologia? Já! Mas será essa tecnologia suficiente para dar resposta aos desafios diários que os professores vivenciam, diariamente e em loop? O mundo está em constante evolução, mas a profissão de professor tem permanecido praticamente imutável no tempo. Mas será isso culpa de quem? Dos docentes? Do setor?

O professor João Paulo Teixeira respondeu a essa questão e tantas outras, numa sessão sobre “Os (Demasiados) Papéis do Professor”, que não poderíamos guardar só para nós. Novas visões e perspetivas, aos olhos de um docente que anseia por várias mudanças educacionais.

Assista ao vídeo:

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